.clímax carioca.
.do concreto ao curvilíneo.
Chego a pensar em escrever mais e mais sobre minhas experiências. É como um sol que ultrapassa a janela adentrando pela alma, o inicio da primavera, a sensação leve. Sinto-a exatamente na altura do coração. Estou entre nuvens no céu em um avião de verdade, agora sim me pego com boas emoções no azul e branco. O avião tem uma leve caída, treme e vira para a direita, penso que posso morrer. Ao mesmo tempo percebo que, na verdade, estou pulsando vida neste planeta terra, pulso feliz, ligeiro e consciente. Um gole d'água sem gás e sem gelo. Consciência de que a vida é importante e valiosa para estabelecer relações, concretizar boas idéias, dissolver medos, inseguranças internas e também se livrar de algum sofrimento embutido neste conteúdo e embalagem que somos, e sou. Estamos no meio das nuvens, feito sanduíches. O tremor é intenso e a janela é branca por fora, só penso em escrever. Já consigo ver a baía de Guanabara levemente atrás das nuvens, o avião treme muito, na verdade mais que o comum. Ultrapassamos as nuvens, ufa! Voar é bom e aterrizar será melhor ainda. Tenho frio e calor na barriga ao mesmo tempo. Não posso escutar música pois estamos descendo. Silêncio no avião. Uma mulher tenta ler o que eu estou escrevendo disfarçadamente mas eu continuo. Estamos descendo lentamente e já podemos ver a ilha e as ilhotinhas com casas de gente que têm piscina e muito dinheiro. O Rio é lindo demais, o avião treme mais um pouco mas o Rio continua lindo. As aeromoças não param de tagarelar sem ao menos se importar com a tremedeira. Estamos voando bem baixo. vamos aterrisar entre o céu e mar, no Rio de Janeiro. Uhuuuuuuu!
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