Wednesday, December 24, 2014

Por um natal mais leve!

.uma campanha ao além.

Eu não comprei presente pra ninguém, mas já estou fazendo pão!

Escrevo basicamente para lhe desejar leveza, quis desejar essa coisinha boa que estou sentindo, uma brisa de vida, ah! Vai! E também uma receita, quem disse que não?




Acordei com vontade de compartilhar uma receita preparada este ano na aula Jantar Herbal realizada em Floripa. São os Dómates Yemistes, uma receita grega tradicional que consiste em tomates recheados e assados. Yemistá significa rechear e pode ser feito com pimentão, pimenta, abobrinha e outros vegetais. Algumas receitas levam batatas assando junto com o tomate, ainda não experimentei mas deve ficar bom.
Olha o resultado do tomate compondo um prato rústico no jantar da ilha:



É uma receita interessante para uma refeição de preparo antecipado e com mesa montada, os tomates assados dão um ótimo visual e já faz o povo salivar antes mesmo de provar.

Depois de fazer a aula jantar fui direto para uma fazenda orgânica onde tive a oportunidade de preparar um jantar informal para o idealizador da rede Whole Foods,  não eu não tirei foto com ele, mas fiz uma foto dos tomates deste dia ;) Ele não era o principal, mas me serviu de aquecimento para cozinhar. Ai, tenho história para contar, olha ele aí:



Na primeira foto fiz com arroz branco biodinâmico da Volkmann e na segunda com um restinho de arbório que tinha na cozinha dos amigos.

Lá vai a receita:

Dómates Yemistes


10 tomates grandes orgânicos maduros
200 ml azeite de oliva extra virgem
2 cebolas médias picadas fininho
250g (1 1/4 xícara) arroz
Menta fresca
1 colher de sopa de segurelha desidratada
Sal
Pimenta do reino preta moída na hora
1 xícara de água

1. Lave os tomates, corte a tampa e retire toda a polpa, reserve.
2. Faça um purê com a polpa de tomate.
3. Em uma frigideira doure a cebola em 50 ml de azeite até dourar, adicione o arroz e refogue. Adicione o purê de tomate ao refogado e meia xícara de água e assim que ferver abaixe o fogo e cozinhe por 3 minutos. Adicione a menta, e um pouco de sal.
4. Besunte cada tomate com azeite de oliva e recheie com 2/3 do refogado de arroz e disponha os tomates em uma assadeira. Regue cada um com o restante do azeite, salpique sal, pimenta e adicione a água. Tampe os tomates e leve para assar durante 1 hora em forno pré aquecido a 180 graus ou até cozinhar o arroz e dourar o tomate. Se necessário adicione mais água, o arroz deve cozinhar no forno.
5. Sirva com batatas.


Gostaria de agradecer a oportunidade que a vida me deu em poder escrever receitas e compartilhar. Este blog é doação, não ganho nada em troca, se bem que não seria uma má idéia, acho que vou por no pedido.

Monday, December 8, 2014

Jantar a luz de velas

.ou O ninho de pupunha.
*vegan

Segunda-feira passada fui chamada para cozinhar em um jantar, foi bem legal.
O menu foi levemente exótico, vegetariano e com ingredientes orgânicos.

Os convivas eram pessoas criativas, em sua maioria arquitetos.
Coloquei como prato principal a Moqueca alucinógena sem saber que um dos arquitetos, o Paulo, era capixaba. Por sorte a moqueca não levava dendê, afinal o que diferencia a baiana da capixaba é este ingrediente na moqueca. Mas não foi este o prato sensação da mesa, pois é.

Quem foi?

A pupunha assada em ninho de cebola roxa e estragão fresco agradou e superou as expectativas dos convivas. Quer dizer, houve quem gostou do arroz, do burguer de couve flor ou até mesmo do ingrediente exótico da salada, mas foi da pupunha que me pediram a receita.



Te conto agora como preparar a pupunha fresca de maneira fácil e com sabor suave e sofisticado.

Uso na receita um método de cocção chamado escalfado fundo, que consiste basicamente na cocção  de ingredientes delicados sob imersão em um caldo chamado Court bouillon. Eu não fiz o tradicional caldo como pede o figurino mas fiz algo similar com o que tinha na cozinha da Isa:

Caldo alternativo

2,5 litros de água
1 colher de chá de semente de coentro
1 folha de louro
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de chá de sal
3 cravos da índia

Cozinhe por 40-60 minutos e em seguida use para a cocção do palmito.


Agora deixe me contar das cebolas que encontrei segunda-feira a tarde. Elas eram orgânicas e ENORMES, criando uma verdadeira cama para a pupunha que ficou acomodada ali como um ninho, por isso o nome da receita ficou O ninho de pupunha.



800g pupunha fresca já limpa
500g cebola roxa orgânica
1 maço de estragão fresco
1 ramo de tomilho fresco
1 pimenta sem semente (sempre uso dedo de moça)
1/3 xícara de azeite de oliva extra virgem
Sal

2 litros de caldo alternativo


1. Corte pupunha em pedaços de 10 cm. Cozinhe a pupunha por 5 minutos no caldo que deve estar a 80 graus durante todo o cozimento, sem ferver.
2. Retire a pupunha do caldo e reserve em um prato.
3. Aqueça o forno a 200 graus.
4. Fatie a cebola fininho, misture com as folhas de estragão, a pimenta picada, azeite e sal. Adicione a pupunha e misture bem.
5. Arrume o preparo em uma forma de barro de forma que a pupunha fique acomodada sobre a cebola. Leve para assar até dourar, cerca de 20 minutos.
6. Sirva quente.

E olha quem acompanhou nosso jantar:


Um molho de pimenta! A receita esta no livro Comidinhas Vegetarianas, editado em 2012 pela Publifolha.

Agradeço a todos que estiveram presentes, foi muito gratificante cozinhar esta noite.