.uhhhh.
O arroz amarelo e picante, deliciosamente cozido com alho-poró e cúrcuma fresca, foi servido sobre uma folha de João-Gomes, ou melhor, Beldroega gigante. Oi?
Te conto!
O produtor Jefferson Parra (citei ele nos dois posts anteriores) me presenteou com algumas Pancs e uma delas foi a beldroega gigante, a principio ele me presenteou com outro nome e a Marli, produtora de Iperó, me disse que este era o nome. Pesquisei e descobri que João-Gomes, Maria-gorda e Língua de vaca também são bem usados. Que estranheza, não é mesmo? Nomes populares.
No desenho chamei de Beldroega gigante, em homenagem à Marli e também porque o nome é bem divertido. Ah! Aliás, a consistência da folha é bem parecida com a da beldroega, apesar da planta ser bem diferente e o gosto também. O semelhante, na minha opinião, é a característica suculenta, um recheio úmido que tem bem no meinho da folha, mmmm.
Uma das frequentadoras da Barraca de Culinária Criativa disse que achou o gosto da folha forte, "gosto de mato", na hora não concordei. Acho que o sabor é pronunciado e talvez desconhecido, ainda. A verdade é que a umidade foi muito bem com a picância e a densidade do nosso arroz amarelo.
Guardei um punhado de João-Gomes, que sobrou, e coloquei na água para fazer muda. Após uma semana, quando as raízes saíram da planta, fui no mato plantar... e adivinha? Encontrei uma família de João-Gomes e me dei conta que já moravam aqui no jardim de casa, sim! Crescendo e vivendo espontaneamente, não é demais isso? Santa ignorância que nos dá vontade de aprender mais e mais.
Olha a Beldroega Gigante (ou João-Gomes) que achei no jardim de casa, 1 semana após ganhar uma de presente, é ou não é uma lindeza?
Vamos falar da nossa receita?
Usei o arroz cateto polido da Volkmann, aliás para quem ainda não conhece super recomendo, é uma variedade de origem japonesa cultivada sem agrotóxicos no Rio Grande do Sul, maravilhoso!
Para o arroz usei alho-poró cultivado aqui em casa, e a cúrcuma cultivada aqui na região.
Arroz Amarelo
1 alho-poró
2 xícaras de arroz cateto polido biodinâmico (ou outro)
4 xícaras de água fervendo (cuidado para não se queimar)
3 cm de cúrcuma fresca, sem casca, ralada no ralo fino
1 pitada de pimenta baniwa
Óleo de coco
Sal
1. Refogue o alho-poró no óleo de coco até ficar transparente e coloque o arroz e a água, mexa e assim que levantar fervura abaixe o fogo.
2. Adicione a cúrcuma ralada, sal, a pimenta e cozinhe até secar a água. Pronto!
Tuesday, November 8, 2016
Sunday, October 30, 2016
Caxi salteado
Sábado retrasado fui conferir a nova feirinha orgânica no Parque Campolim e acabei adquirindo algumas belezuras. Um fruto me chamou a atenção, o caxi, e trouxe para experimentar! A produtora do fruto disse que a casca pode ser usada como artesanato pois, quando seca, fica dura como uma cabaça. O dia seguinte a Samantha veio em casa e preparei ele salteado com alho-poró, salsão e só, ficou bem gostoso. OLha ele aí:
- Prazer, caxi!
A única dificuldade foi abrir o caxi pois ele é beeeeeem duro, usei a faca de pão com serra, até fiz um vídeo que você pode conferir:
Não cozinhei muito e deixei ele meio al dente, ficou bem interessante, a Samantha gostou!
Caxi salteado
1 alho poró em rodelas
1 talo de salsão com as folhas
1 caxi picado
Azeite
Sal
Capuchinha para decorar
1. Corte o caxi ao meio e retire a polpa dele.
2. Doure o alho-poró até ficar transparente e adicione o salsão picado, mexa or 1 minuto e em seguida adicione o caxi, salteie rapidamente, cerca de 1-2 minutos e retire do fogo, finalize com sal, mexa e decore com algumas flores comestíveis se quiser, eu usei capuchinha.
O gosto lembra pepino com chuchu e abobrinha, acho.
Saturday, October 22, 2016
Cenoura assada com cominho e pimenta jamaica + beldroega
.miam.
Outro preparo que oferecemos na nossa Barraca de Culinária Criativa foi a cenoura assada com cominho que foi servida com folhinhas de beldroega, o pessoal adorou.
Para a degustação na barraca montamos uma espécie de canapé no palitinho, ficou bem prático.
Uma outra sugestão é servir a cenoura assada, em rodelas, misturada com as folhinhas de beldroega crua, fica uma espécie de salada morna, bem gostosa.
Mas o que é beldroega?
Portulaca oleracea L.
Ela é um matinho que o pessoal também classifica como Panc e que nasce espontaneamente. A beldroega tem umas sementinhas pretas super interessantes que também podem ser utilizadas na culinária:
Neste dia usamos a cenoura cultivada pelo Jefferson de Porto Feliz e a beldroega do produtor Willian do assentamento Bella Vista de Iperó. Mas não precisa ir tão longe para conseguir beldroega, depois que você conhece é fácil de reconhecer pelos matinhos que nos cercam. A folha é suculenta e tem um gostinho suave, o miolo é bem úmido e o formato também é bem delicado, perfeita para decorar saladas e afins.
Outro preparo que oferecemos na nossa Barraca de Culinária Criativa foi a cenoura assada com cominho que foi servida com folhinhas de beldroega, o pessoal adorou.
Para a degustação na barraca montamos uma espécie de canapé no palitinho, ficou bem prático.
Uma outra sugestão é servir a cenoura assada, em rodelas, misturada com as folhinhas de beldroega crua, fica uma espécie de salada morna, bem gostosa.
Mas o que é beldroega?
Portulaca oleracea L.
Ela é um matinho que o pessoal também classifica como Panc e que nasce espontaneamente. A beldroega tem umas sementinhas pretas super interessantes que também podem ser utilizadas na culinária:
Neste dia usamos a cenoura cultivada pelo Jefferson de Porto Feliz e a beldroega do produtor Willian do assentamento Bella Vista de Iperó. Mas não precisa ir tão longe para conseguir beldroega, depois que você conhece é fácil de reconhecer pelos matinhos que nos cercam. A folha é suculenta e tem um gostinho suave, o miolo é bem úmido e o formato também é bem delicado, perfeita para decorar saladas e afins.
Vamos para a nossa receita?
CENOURA ASSADA COM COMINHO E PIMENTA JAMAICA + BELDROEGA
(4 porções)
5 cenouras médias cultivadas sem agrotóxico
1 colher de café de cominho em pó
1 colher de café de pimenta jamaica em grão
1 fio generoso de azeite de oliva extra-virgem
Sal
Folhas de beldroega
1. O primeiro passo é preaquecer o forno a 180 graus.
2. Descasque a cenoura e corte-as em rodelas de 1,5 cm, coloque em uma forma e polvilhe o cominho e a pimenta recém triturada*, adicione o azeite e mexa bem para que as cenouras fiquem cobertas com o óleo e os temperinhos. Leve ao forno e asse até a cenoura ficar bem dourada, mexa de vez em quando, retire do forno e finalize com sal.
*Gosto de triturar no pilão de pedra, mas pode ser na faca ou no moedor de pimentas, o que vale é triturar na hora pois faz toda a diferença!!!
Para servir com palitinhos em dias de festa:
Pegue um palitinho de dente (a Gina) e espete uma folha de beldroega e em seguida uma rodela de cenoura assada, repita o processo com o restante das rodelas e disponha em um prato bem bonito.
Para servir como salada:
Disponha as cenouras em uma cumbuca e adicione as folhas da beldroega, o quanto desejar, mexa bem e sirva.
Friday, August 26, 2016
Fermento natural - faça o seu em casa!
.delícias caseiras.
Não consome glúten? Pode parar por aqui, este post não é para você!
Pão é receita antiga, complexa e repleta de tradições e história, não se resume a glúten ou carboidrato, ele é muito mais que um alimento, é símbolo de partilha também.
Se você consome e ainda não faz o seu em casa prepare-se, é incrível.
Pandarus: [...] Aquele que quer fazer um bolo de trigo tem de esperar pela moagem.
Troilus: E eu não esperei?
Pandarus: Sim, esperaste pela moagem; mas tens de esperar pela levedação.
Troilus: Mas também por ela esperei.
Pandarus: Sim, esperaste pela levedação. Mas da palavra "depois" faz parte ainda tender, dar
forma ao bolo, aquecer o forno e fazer a cozedura. E mais, tens ainda de esperar pelo
arrefecimento, ou corres o risco de queimar os lábios.
SHAKESPEARE, Troilo e Cressida (Ato I, cena II)
Sempre gostei de fazer pão em casa pois minha vó também fazia, vou te contar como cheguei até o Rebel -> a fórmula que fiz no último verão e, já já, vou te passar.
Faz um tempo trabalhei com o chef Henri Schaeffer que fazia um pão com fermentação natural ma-ra-vi-lho-so, ele cuidava do seu fermento de uma maneira tão linda e fluída, era o levain. Apesar de trabalhar na confeitaria a padaria era ao lado, e eu gostava de observar quando ele fazia algum pão para demonstrar aos padeiros. O Henri foi um chef muito especial com quem aprendi muitas coisas e segredos, um dia ele fez uma variedade enorme de pães em diferentes formatos e "sabores" e montou algumas cestas, eu lembro bem, tinha até um pão com alga marinha que nunca vou me esquecer do sabor, ele me fez experimentar todos e mandou uma cesta para cada restaurante da região. Aah! Me conquistou, me inspirou a fazer pães em casa e em todos os trabalhos que me envolvo até hoje. Inicialmente comecei com o fermento comercial e, aos poucos, fui aprendendo (e ainda estou) a lidar com o fermento natural, aliás, bem mais divertido!!!
Por volta de 1857 Louis Pasteur descobriu microorganismos que agiam na fermentação dos alimentos e abriu as portas para a produção do fermento biológico comercial que conhecemos hoje, com a popularização o velho e clássico fermento natural foi sendo esquecido.
Tá, mas qual é a diferença entre um fermento comercial e o fermento natural?
O fermento biológico comercial é aquele que encontramos para vender granulado ou fresco em quadradinhos, sabe? Ele é uma vida, sim, porém uma vida produzida em escala, desidratada e embalada para comercialização. O fermento comercial é geralmente produzido pelas leveduras Sacharomices cerevisae ou S. cereviase e tem um ph próximo a 5. O fermento natural é uma "vida" gerada a partir da interação de microorganismos que vivem no seu ambiente com a farinha e água, ou seja, é um fermento mais selvagem e desenvolve sabores únicos, característicos de cada ambiente, além de ter uma atividade própria que vai determinar a força e tempo de fermentação. Legal né? Na maioria das vezes pode levar um alimento "turbo"que vai acelerar o processo como por exemplo uma fruta, caldo de cana, iogurte, etc.
Mas qual a vantagem de produzir um pão com fermento natural?
Bom, em primeiro lugar o fermento natural proporciona longas fermentações que influenciam diretamente no desenvolvimento de acidez, sabor e durabilidade. A longa fermentação também torna o pão mais digestivo e possibilita ao padeiro aprender muito sobre temperatura, tempo, alimento e vida.
Quando estava escrevendo o Comidinhas Vegetarianas passei por um período onde não ficava mais de uma semana em um mesmo lugar, praticamente nômade, mas assim que voltei para Sorocaba descobri que uma das coisas boas de ficar em um lugar é poder fermentar. No período das fotos do livro comecei a produzir um fermento e o Romulo, fotógrafo, usou o primeiro pão que saiu deste fermento natural nesta duas fotos, ele se amarrou na fenda do pão:
Na realidade os dois pães do livro Comidinhas Vegetarianas são receitas com fermento comercial, para quem está aprendendo a fazer pão, hoje se houver uma nova edição penso em trocar estas receitas. E foi ali, em 2011, que comecei a fazer experiências com fermentação natural. Quando viajo muitas as vezes o fermento morre mas aí eu faço outro, os últimos tenho feito com caldo de cana depois de uma dica que a Mariana me contou.
Mas como faz um fermento?
Farinha, água e tempo, sim! Durante um período segui receitas de livros técnicos para fazer um fermento do zero e, com a prática, comecei a observar alguns fatores que favoreciam o desenvolvimento deles. Foi quando, no verão passado, fiz o Rebel sem seguir uma receita. Levei em conta o ponto máximo da massa, ou seja, quando a massa chegava ao ponto máximo de expansão eu alimentava ele. E assim o fermento se desenvolveu rápido, sim era verão, e ficou muito mais forte que os outros. Tudo isso me fez constatar que aprendemos muito com os processos e depois podemos dar continuidade com intuição e fazer experimentações.
O grande problema da maioria dos pães que encontramos hoje é que, além de levar químicos como melhoradores, as vezes levam muito fermento, uma farinha fraca e consequentemente uma fermentação curta. Sim, péssimo para a digestão e para as tradições. Vivemos em um sistema onde a maioria compreende que tempo é dinheiro e, infelizmente, até os pães sofrem com isso. A boa notícia é que fazer um fermento em casa pode ser bem divertido e o resultado será, além de uma mudança no seu paladar, a descoberta de uma receita tão básica e tão tão tão complexa.
FERMENTO REBEL
O Rebel foi feito com caldo de cana fermentada e tem este nome pois quando virou fermento ele crescia desenfreadamente, era muito rebelde. Esta receita foi feita no verão de 2015 em Sorocaba onde a temperatura ambiente era aproximadamente de 30 - 35 graus. Vou te contar como fiz ele, lembre-se que a temperatura influenciou o tempo, no frio é preciso estender o período de fermentação.
1. Separe 1 xícara de caldo de cana e deixe fermentar, em temperatura ambiente, por 48-72 horas.
2. Misture 1 xícara de caldo de cana fermentado + 1 xícara de farinha de trigo, polvilhe farinha, cubra com um guardanapo de pano e deixe fermentar por 20 horas.
3. Adicione 1 xícara de água e 1 xícara de farinha de trigo e deixe fermentar por 21 horas.
4. Adicione 2 xícaras de farinha de trigo + 1 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
5. Adicione 3 xícaras de farinha + 1 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
6. Adicione 500g de farinha de trigo + 2 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
Pronto, você tem um fermento.
Muitas pessoas jogam metade da massa fora para fortalecer o fermento, mas não precisei fazer isso.
Quer fazer um pão com ele? Te conto uma receita sugestão, lembrando que existe inúúúmeras!!! Afinal estamos falando de uma receita muuito antiga, lá vai:
100g fermento natural
200g farinha
100g água
1. Misture tudo e deixe fermentar cerca de 12 horas
400g farinha
400g farinha integral
300 ml água (aproximadamente)
400g massa fermentada
Sal
2. Adicione à massa fermentada, sove bem e deixe fermentar até dobrar o tamanho, esta fermentação pode levar de 10 a 12 horas, dependendo da temperatura! Molde 2 ou 3 pães e disponha em forma com farinha polvilhada, deixe descansar mais alguns minutos e asse em forno preaquecido a 200 graus. Existem muitas dicas para melhorar a qualidade do seu pão, uma delas é esborrifar água no forno antes colocar ele para assar, vai ficar com a casca mais douradinha. Asse por 25-30 minutos ou até dourar. Aguarde esfriar antes de cortar.
Bos sorte, e qualquer coisa me escreve. Esta é apenas uma sugestão, tem outras receitas aqui:
Pão centeio
Pão de açaí
Não consome glúten? Pode parar por aqui, este post não é para você!
Pão é receita antiga, complexa e repleta de tradições e história, não se resume a glúten ou carboidrato, ele é muito mais que um alimento, é símbolo de partilha também.
Se você consome e ainda não faz o seu em casa prepare-se, é incrível.
Pandarus: [...] Aquele que quer fazer um bolo de trigo tem de esperar pela moagem.
Troilus: E eu não esperei?
Pandarus: Sim, esperaste pela moagem; mas tens de esperar pela levedação.
Troilus: Mas também por ela esperei.
Pandarus: Sim, esperaste pela levedação. Mas da palavra "depois" faz parte ainda tender, dar
forma ao bolo, aquecer o forno e fazer a cozedura. E mais, tens ainda de esperar pelo
arrefecimento, ou corres o risco de queimar os lábios.
SHAKESPEARE, Troilo e Cressida (Ato I, cena II)
(pão presente - para meu pai)
Sempre gostei de fazer pão em casa pois minha vó também fazia, vou te contar como cheguei até o Rebel -> a fórmula que fiz no último verão e, já já, vou te passar.
Faz um tempo trabalhei com o chef Henri Schaeffer que fazia um pão com fermentação natural ma-ra-vi-lho-so, ele cuidava do seu fermento de uma maneira tão linda e fluída, era o levain. Apesar de trabalhar na confeitaria a padaria era ao lado, e eu gostava de observar quando ele fazia algum pão para demonstrar aos padeiros. O Henri foi um chef muito especial com quem aprendi muitas coisas e segredos, um dia ele fez uma variedade enorme de pães em diferentes formatos e "sabores" e montou algumas cestas, eu lembro bem, tinha até um pão com alga marinha que nunca vou me esquecer do sabor, ele me fez experimentar todos e mandou uma cesta para cada restaurante da região. Aah! Me conquistou, me inspirou a fazer pães em casa e em todos os trabalhos que me envolvo até hoje. Inicialmente comecei com o fermento comercial e, aos poucos, fui aprendendo (e ainda estou) a lidar com o fermento natural, aliás, bem mais divertido!!!
Por volta de 1857 Louis Pasteur descobriu microorganismos que agiam na fermentação dos alimentos e abriu as portas para a produção do fermento biológico comercial que conhecemos hoje, com a popularização o velho e clássico fermento natural foi sendo esquecido.
Tá, mas qual é a diferença entre um fermento comercial e o fermento natural?
O fermento biológico comercial é aquele que encontramos para vender granulado ou fresco em quadradinhos, sabe? Ele é uma vida, sim, porém uma vida produzida em escala, desidratada e embalada para comercialização. O fermento comercial é geralmente produzido pelas leveduras Sacharomices cerevisae ou S. cereviase e tem um ph próximo a 5. O fermento natural é uma "vida" gerada a partir da interação de microorganismos que vivem no seu ambiente com a farinha e água, ou seja, é um fermento mais selvagem e desenvolve sabores únicos, característicos de cada ambiente, além de ter uma atividade própria que vai determinar a força e tempo de fermentação. Legal né? Na maioria das vezes pode levar um alimento "turbo"que vai acelerar o processo como por exemplo uma fruta, caldo de cana, iogurte, etc.
Mas qual a vantagem de produzir um pão com fermento natural?
Bom, em primeiro lugar o fermento natural proporciona longas fermentações que influenciam diretamente no desenvolvimento de acidez, sabor e durabilidade. A longa fermentação também torna o pão mais digestivo e possibilita ao padeiro aprender muito sobre temperatura, tempo, alimento e vida.
Quando estava escrevendo o Comidinhas Vegetarianas passei por um período onde não ficava mais de uma semana em um mesmo lugar, praticamente nômade, mas assim que voltei para Sorocaba descobri que uma das coisas boas de ficar em um lugar é poder fermentar. No período das fotos do livro comecei a produzir um fermento e o Romulo, fotógrafo, usou o primeiro pão que saiu deste fermento natural nesta duas fotos, ele se amarrou na fenda do pão:
Na realidade os dois pães do livro Comidinhas Vegetarianas são receitas com fermento comercial, para quem está aprendendo a fazer pão, hoje se houver uma nova edição penso em trocar estas receitas. E foi ali, em 2011, que comecei a fazer experiências com fermentação natural. Quando viajo muitas as vezes o fermento morre mas aí eu faço outro, os últimos tenho feito com caldo de cana depois de uma dica que a Mariana me contou.
Mas como faz um fermento?
Farinha, água e tempo, sim! Durante um período segui receitas de livros técnicos para fazer um fermento do zero e, com a prática, comecei a observar alguns fatores que favoreciam o desenvolvimento deles. Foi quando, no verão passado, fiz o Rebel sem seguir uma receita. Levei em conta o ponto máximo da massa, ou seja, quando a massa chegava ao ponto máximo de expansão eu alimentava ele. E assim o fermento se desenvolveu rápido, sim era verão, e ficou muito mais forte que os outros. Tudo isso me fez constatar que aprendemos muito com os processos e depois podemos dar continuidade com intuição e fazer experimentações.
O grande problema da maioria dos pães que encontramos hoje é que, além de levar químicos como melhoradores, as vezes levam muito fermento, uma farinha fraca e consequentemente uma fermentação curta. Sim, péssimo para a digestão e para as tradições. Vivemos em um sistema onde a maioria compreende que tempo é dinheiro e, infelizmente, até os pães sofrem com isso. A boa notícia é que fazer um fermento em casa pode ser bem divertido e o resultado será, além de uma mudança no seu paladar, a descoberta de uma receita tão básica e tão tão tão complexa.
FERMENTO REBEL
O Rebel foi feito com caldo de cana fermentada e tem este nome pois quando virou fermento ele crescia desenfreadamente, era muito rebelde. Esta receita foi feita no verão de 2015 em Sorocaba onde a temperatura ambiente era aproximadamente de 30 - 35 graus. Vou te contar como fiz ele, lembre-se que a temperatura influenciou o tempo, no frio é preciso estender o período de fermentação.
1. Separe 1 xícara de caldo de cana e deixe fermentar, em temperatura ambiente, por 48-72 horas.
2. Misture 1 xícara de caldo de cana fermentado + 1 xícara de farinha de trigo, polvilhe farinha, cubra com um guardanapo de pano e deixe fermentar por 20 horas.
3. Adicione 1 xícara de água e 1 xícara de farinha de trigo e deixe fermentar por 21 horas.
4. Adicione 2 xícaras de farinha de trigo + 1 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
5. Adicione 3 xícaras de farinha + 1 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
6. Adicione 500g de farinha de trigo + 2 xícara de água e deixe fermentar por 24 horas.
Pronto, você tem um fermento.
Muitas pessoas jogam metade da massa fora para fortalecer o fermento, mas não precisei fazer isso.
Quer fazer um pão com ele? Te conto uma receita sugestão, lembrando que existe inúúúmeras!!! Afinal estamos falando de uma receita muuito antiga, lá vai:
100g fermento natural
200g farinha
100g água
1. Misture tudo e deixe fermentar cerca de 12 horas
400g farinha
400g farinha integral
300 ml água (aproximadamente)
400g massa fermentada
Sal
2. Adicione à massa fermentada, sove bem e deixe fermentar até dobrar o tamanho, esta fermentação pode levar de 10 a 12 horas, dependendo da temperatura! Molde 2 ou 3 pães e disponha em forma com farinha polvilhada, deixe descansar mais alguns minutos e asse em forno preaquecido a 200 graus. Existem muitas dicas para melhorar a qualidade do seu pão, uma delas é esborrifar água no forno antes colocar ele para assar, vai ficar com a casca mais douradinha. Asse por 25-30 minutos ou até dourar. Aguarde esfriar antes de cortar.
Bos sorte, e qualquer coisa me escreve. Esta é apenas uma sugestão, tem outras receitas aqui:
Pão centeio
Pão de açaí
Monday, August 8, 2016
Muffin vegan de banana e mirtilos
.para receber Dani e Bruna.
Fiz este bolinho delicioso e caseiro, vegan, para receber duas garotas aqui em casa, ficou bom e a Dani pediu a receita.
Vou contar!
Ah! Não tinha açúcar mascavo e muito menos açúcar de coco mas tinha rapadura, então ralei e usei. O mirtilo pode ser substituído por nozes e amoras, hmm.
Muffin vegan de banana e mirtilos
10 - 12 unidades
4 bananas maduras amassadas
1/2 xícara de rapadura ralada
1/2 xícara de óleo de coco
1/2 xícara de farinha de trigo integral
1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de canela em pó
1 pitada de noz moscada
1 pitada de sal
75 ml de água
1 xícara de mirtilo fresco ou congelado
1 colher de chá de fermento químico (confira aqui como fazer o seu)
1. Preaqueça o forno a 180ºC.
2. Derreta o óleo e misture com a rapadura e a banana, misture bem.
3. Misture todos os ingredientes secos e em seguida adicione na mistura de banana, mexa, coloque a água, pouco a pouco, e por último o mirtilo.
4. Distribua em forminhas de muffin/cupcake e leve ao forno por 20 minutos ou até dourar.
Fiz este bolinho delicioso e caseiro, vegan, para receber duas garotas aqui em casa, ficou bom e a Dani pediu a receita.
Vou contar!
Ah! Não tinha açúcar mascavo e muito menos açúcar de coco mas tinha rapadura, então ralei e usei. O mirtilo pode ser substituído por nozes e amoras, hmm.
Muffin vegan de banana e mirtilos
10 - 12 unidades
4 bananas maduras amassadas
1/2 xícara de rapadura ralada
1/2 xícara de óleo de coco
1/2 xícara de farinha de trigo integral
1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de canela em pó
1 pitada de noz moscada
1 pitada de sal
75 ml de água
1 xícara de mirtilo fresco ou congelado
1 colher de chá de fermento químico (confira aqui como fazer o seu)
1. Preaqueça o forno a 180ºC.
2. Derreta o óleo e misture com a rapadura e a banana, misture bem.
3. Misture todos os ingredientes secos e em seguida adicione na mistura de banana, mexa, coloque a água, pouco a pouco, e por último o mirtilo.
4. Distribua em forminhas de muffin/cupcake e leve ao forno por 20 minutos ou até dourar.
Sunday, June 26, 2016
Creme de milho, inhame e puxuri
.da série delícias de um liquidificador.
Ontem encontrei milho agroecológico produzido por um pessoal de Porto Feliz na feirinha do Sesc Sorocaba, como estava friozinho preparei esta sopa pra gente aqui em casa. É simples e bem gostosa!
Para quem nunca ouviu falar no puxuri ela é uma especiaria muito interessante e versátil, também conhecida como a noz moscada brasileira, fica ótima com banana, batata, inhame, cará, milho e outros ingredientes de sabor suave.
Olha o nosso milho, com alguns amigos, que beleza:
Creme de milho, inhame e puxuri
3 - 4 porções (depende da fome)
4 espigas de milhos bem fresquinhos e clarinhos
3 inhames médios
1 cebola
Ghee ou manteiga*
Puxuri ou noz moscada para temperar
sal
1. Debulhe o milho e reserve. Descasque o inhame e pique em pedaços rústicos.
2. Pique a cebola e doure com na manteiga até ficar transparente, adicione o milho, o inhame e cubra com água. Assim que ferver adicione sal, abaixe o fogo e cozinhe cerca de 20 minutos ou até os ingredientes ficarem super macios.
3. Processe no liquidificador e finalize com o puxuri raladinho, misture e pronto. Pode servir.
*Para versão vegan use azeite ou óleo de coco ;)
Ontem encontrei milho agroecológico produzido por um pessoal de Porto Feliz na feirinha do Sesc Sorocaba, como estava friozinho preparei esta sopa pra gente aqui em casa. É simples e bem gostosa!
Para quem nunca ouviu falar no puxuri ela é uma especiaria muito interessante e versátil, também conhecida como a noz moscada brasileira, fica ótima com banana, batata, inhame, cará, milho e outros ingredientes de sabor suave.
Olha o nosso milho, com alguns amigos, que beleza:
Creme de milho, inhame e puxuri
3 - 4 porções (depende da fome)
4 espigas de milhos bem fresquinhos e clarinhos
3 inhames médios
1 cebola
Ghee ou manteiga*
Puxuri ou noz moscada para temperar
sal
1. Debulhe o milho e reserve. Descasque o inhame e pique em pedaços rústicos.
2. Pique a cebola e doure com na manteiga até ficar transparente, adicione o milho, o inhame e cubra com água. Assim que ferver adicione sal, abaixe o fogo e cozinhe cerca de 20 minutos ou até os ingredientes ficarem super macios.
3. Processe no liquidificador e finalize com o puxuri raladinho, misture e pronto. Pode servir.
*Para versão vegan use azeite ou óleo de coco ;)
Tuesday, June 21, 2016
Sopa creme de batata roxa
.da série delícias de um liquidificador.
Para acompanhar as novas receitas do blog você pode seguir ele no facebook.
A batata roxa é doce.
No sábado aconteceu a última oficina do Shala&Cozinha deste semestre, durante as compras para a aula nos deparamos com esta batata roxa no Instituto chão e também trouxe algumas para casa. Aqui em Sorocaba as vezes encontro esta batata na mercearia Shibata porém nunca sei se ela é cultivada com ou sem agrotóxico.
Preparei um creme que ficou bastante exótico e com uma cor maravilhosa. A sopa ficou escura demais e então finalizei com leite de amêndoas para clarear e suavizar seu sabor.
{Confira esta outra receita de sopa roxa que foi preparada na exposição da Velentine em 2008}
Sopa (ou creme) de batata roxa
500g de batata doce roxa
5 bagas de cardamomo (abra as bagas e use somente as sementes)
óleo de coco ou azeite
3 dentes de alho
1 colher de chá de pimenta do reino em grão
leite de amêndoas
sal
1. Descasque a batata e pique rusticamente.
2. Doure os temperos no óleo de coco e em seguida adicione a batata, cubra com água e assim que ferver abaixe o fogo. Coloque um pouco de sal e cozinhe em fogo baixo até que a batata fique macia.
3. Triture tudo até formar um creme e finalize com leite de amêndoas.
Sirva com algo al dente por cima, eu finalizei com brócolis salteado no azeite com alho, pimentão vermelho e cúrcuma fresca.
Pronto.
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Saturday, June 11, 2016
Sopa para esquentar o coração
.Vem frio, vem!.
Vou te contar sobre uma sopa preparada ontem a noite, ficou deliciosa e foi bem fácil de fazer, ando meio sensível com este frio e ela caiu como uma luva <3
Para fazer é simples, comece colocando 1,5 litro de água em uma panela e leve ao fogo. Enquanto a água esquenta adicione 1/2 xícara de arroz arborio, 1 dente de alho, alguns cogumelos (usei uns 10 shiitakes), ramos de orégano fresco (ou 1 colher de sopa de orégano seco), 1 colher de chá de cúrcuma em pó, 3 tomates maduros em cubos e sal. Assim que levantar fervura abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 15-20 minutos, eu fui tomar banho neste meio tempo e quando voltei estava perfeita, a idéia é reduzir 1/5 do líquido. Finalize com azeite e pronto, pode servir!
Monday, May 23, 2016
A Revolução das Marmitas
.comer é um ato político.
No começo do ano a Revista Espresso me contatou para produzir algumas receitas em uma matéria sobre marmitas e eu topei.
Este foi o desenho que fiz para sugerir as receitas:
Prefiro as marmitas frias pois não sou adepta ao uso do microondas e dificilmente haverá acesso ao fogão em situações de deslocamento. Por este motivo opto por preparos que ficam bons em temperatura ambiente como é o caso das saladas de grãos, que são fáceis de preparar, alimentam e se beneficiam com os temperos durante a marinada, ou seja, você pode preparar a noite , resgatá-la pela manhã e na hora do almoço... miam! Ela estará com uma explosão de sabores. Se você aprecia arroz o oniguiri, iguaria japonesa, se transforma em um formato interessante e perfeito para levar em marmitas, como já acontece tradicionalmente nos bentôs japoneses. Se você não sabe o que é um bentô sugiro dar uma espiada aqui para se inspirar, os asiáticos são mestres em marmitas.
A receita do tradicional gyeran mari aprendi com a Kyang, uma amiga coreana, é bem interessante pois é fácil de fazer e fica bonitinho, dá uma olhada neste vídeo. É a única receita ovolactovegetariana da matéria, as demais são veganas ou com opção como é o caso da sobremesa que pode ser preparada com mel ou melado. A revista me perguntou se eu poderia incluir peixe mas obviamente neguei, muitas vezes perco a oportunidade, mas neste caso a editora topou e fiquei muito muuuuuuuito feliz!
Para facilitar a digestão dos grãos é aconselhável deixá-los de molho por uma noite, antes de cozinhar, desta forma evitamos a formação de gases durante a digestão. Outra possibilidade é preparar a marinada com grãos germinados. Na salada Contemporânea sugiro a quinoa cozida e a amêndoa germinada em um único preparo, gosto bastante desta combinação (confira como germinar a amêndoa neste post).
A sugestão andaluz é uma opção que costumo fazer com frequência pois o couscous marroquino é rápido para preparar e acaba virando meu amigo nos dias que tenho menos tempo disponível para a cozinha, gosto de usar a cúrcuma (também conhecida como açafrão da terra) no caldo que hidrata o trigo, pois além da especiaria ser um bálsamo para os tecidos do corpo ela deixa o preparo amarelinho e lindo. Para as marmitas mais secas sugiro molhos, estes podem ser colocados no fundo dos vidros e misturados na hora da refeição, porém eu prefiro levar a parte pois gosto de colocar por cima e dosar na hora da refeição.
No começo do ano a Revista Espresso me contatou para produzir algumas receitas em uma matéria sobre marmitas e eu topei.
Este foi o desenho que fiz para sugerir as receitas:
"Além da economia, importante nesses tempos bicudos, tem crescido o número de adeptos da marmita no trabalho, pessoas que buscam ser zelosas com a própria alimentação e procuram um cardápio apropriado para isso." Assim descreve a jornalista Janice Kiss sobre esta onda de marmitas.
As fotos foram produzidas pelo fotógrafo Daniel Ozana, confiram:
Prefiro as marmitas frias pois não sou adepta ao uso do microondas e dificilmente haverá acesso ao fogão em situações de deslocamento. Por este motivo opto por preparos que ficam bons em temperatura ambiente como é o caso das saladas de grãos, que são fáceis de preparar, alimentam e se beneficiam com os temperos durante a marinada, ou seja, você pode preparar a noite , resgatá-la pela manhã e na hora do almoço... miam! Ela estará com uma explosão de sabores. Se você aprecia arroz o oniguiri, iguaria japonesa, se transforma em um formato interessante e perfeito para levar em marmitas, como já acontece tradicionalmente nos bentôs japoneses. Se você não sabe o que é um bentô sugiro dar uma espiada aqui para se inspirar, os asiáticos são mestres em marmitas.
A receita do tradicional gyeran mari aprendi com a Kyang, uma amiga coreana, é bem interessante pois é fácil de fazer e fica bonitinho, dá uma olhada neste vídeo. É a única receita ovolactovegetariana da matéria, as demais são veganas ou com opção como é o caso da sobremesa que pode ser preparada com mel ou melado. A revista me perguntou se eu poderia incluir peixe mas obviamente neguei, muitas vezes perco a oportunidade, mas neste caso a editora topou e fiquei muito muuuuuuuito feliz!
Para facilitar a digestão dos grãos é aconselhável deixá-los de molho por uma noite, antes de cozinhar, desta forma evitamos a formação de gases durante a digestão. Outra possibilidade é preparar a marinada com grãos germinados. Na salada Contemporânea sugiro a quinoa cozida e a amêndoa germinada em um único preparo, gosto bastante desta combinação (confira como germinar a amêndoa neste post).
A sugestão andaluz é uma opção que costumo fazer com frequência pois o couscous marroquino é rápido para preparar e acaba virando meu amigo nos dias que tenho menos tempo disponível para a cozinha, gosto de usar a cúrcuma (também conhecida como açafrão da terra) no caldo que hidrata o trigo, pois além da especiaria ser um bálsamo para os tecidos do corpo ela deixa o preparo amarelinho e lindo. Para as marmitas mais secas sugiro molhos, estes podem ser colocados no fundo dos vidros e misturados na hora da refeição, porém eu prefiro levar a parte pois gosto de colocar por cima e dosar na hora da refeição.
Observem que muitas dicas são preferências pessoais, afinal a marmita é um preparo que diz muito sobre cada um. O ayurveda diz que fome é sinal de saúde, conhecer a própria fome é um passo adiante -----> sentir, escolher e agir é a prática a favor de nossa própria saúde. Podemos selecionar os ingredientes que sentimos ser mais adequados para a nossa realidade, levando em conta a temperatura externa, a sazonalidade dos ingredientes e a disponibilidade dos produtos agroecológicos de nossa região. Olhando por este ângulo é maravilhoso, porém sabemos das dificuldades que é encontrar tempo para fazer este preparo no dia a dia, por isso não desista! Pouco a pouco, dia a dia, conseguimos mudar nossos hábitos com rotinas que fazem mais sentido e trazem benefícios para nossas vidas, estamos todos aprendendo. Você pode até combinar com teus amigos no trabalho ou na faculdade o que cada um pode levar, criando um clima para troca de receitas e a refeição em grupo.
Gratidão Janice e Hanny, adorei fazer!
Te conto algumas receitas, sugestões para te inspirar, não precisa necessariamente copiar.
LATINO
Salada de feijão preto
125g feijão preto
3 colheres de sopa de coentro picado (se preferir use salsinha)
1 pimenta dedo de moça (sem as sementes) cortada em cubinhos
1 limão
Azeite de oliva extravirgem
Sal
Acompanhamento
4 unidades de shiitake
1/2 cebola-roxa cortada em fatias
1 espiga de milho verde cozida
1 abacate pequeno ou avocado maduro
Salsa picante
Preparo
1. Deixe o feijão de molho na véspera. 2. Escorra a água, coloque-o em uma panela e cubra-o com água. 3. Cozinhe em fogo baixo por uma hora e meia, até os grãos ficarem macios e inteiros. Escorra a água e deixe-o esfriar. 4. Misture o feijão com os temperos, se preferir adicione o limão somente antes de servir. Em seguida, faça o acompanhamento: aqueça uma chapa de ferro ou frigideira antiaderente, adicione um fio de azeite e grelhe a cebola e o shiitake. 5. Monte a marmita com a salada de feijão, é recomendável levar o abacate fechado e cortar na hora.
Salsa picante
4 tomates maduros em cubos
3 pimentas dedo de moça sem as sementes
3 colheres de sopa de azeite de oliva extravirgem
50 ml de água
sal
Preparo
Em uma frigideira, coloque os tomates e as pimentas, adicione a água e cozinhe até os ingredientes ficarem macios e evaporar toda a água. Espere esfriar e triture a mistura em um pilão ou no liquidificador. Finalize com azeite e sal e mexa bem.
CREME DE FRUTOS AMARELOS COM CALDA DE CACAU
Creme
2 mangas maduras
5 bagas de cardamomo (somente as sementes)
2 colheres de sopa de chia (opcional)
1 maracujá
Frutas vermelhas (opcional)
Calda de cacau
2 colheres de sopa de massa de cacau ralada ou cacau em pó
2 colheres de sopa de mel , melado ou rapadura ralada
1 colher de sopa de óleo de coco
2 colheres de sopa de água
Tomilho ou menta para decorar
Preparo
1. Bata a manga com as sementes de cardamomo* e a polpa de maracujá até formar um creme. Não use água neste processo. Se for necessário, desligue o liquidificador, mexa a mistura com uma colher e bata novamente até que ela fique homogênea. Transfira- a para um recipiente, leve para gelar enquanto a cobertura é preparada. Coloque todos os ingredientes da calda em uma frigideira e leve-a ao fogo. Cozinhe em fogo baixo, sempre mexendo, até formar uma calda brilhante, lisa e encorpada. deixe esfriar e ponha sobre o creme de manga. Decore com ramos de tomilho ou menta.
* O cardamomo precisa ser aberto para usar, descarte a casca e use somente as sementinhas.
A Revista Espresso é uma publicação gastronômica especializada no setor de café, as edições são trimestrais.
+ sobre marmitas:
No próximo mês haverá uma aula de MARMITAS CRIATIVAS no projeto Shala&Cozinha em São Paulo, o encontro será no dia 18 de Junho no Espaço Paramita em Pinheiros, para se inscrever e saber mais informações escreva para: shalaecozinha@gmail.com
Wednesday, May 4, 2016
Creme de abacate
.delícias de um liquidificador.
Gorduroso, cremosinho e mata fome, quem nunca?
Abacate é uma das minhas frutas preferidas, principalmente porque é neutra e pode ser usada em receita doce ou salgada, o Mandioquinha também ama.
O creme nada mais é que o abacate batido até formar um creme, podemos até colocar algum líquido, mas não muito.
No café da manhã que preparei no retiro do Lino na Bahia o creme era com o iogurte que uma fazenda vizinha fornecia, confira a receita aqui.
Aqui em casa costumo preparar com especiarias, pois amo, olha neste post! Acho que a cúrcuma, inclusive, combina muito.
Hoje a fórmula foi enriquecida com leite de castanha, chia e banana, olha ele aí:
Para fazer o creme não tem erro:
Creme de abacate energético
1/2 abacate médio maduro
1 banana
1/3 xícara de leite de castanha
1 colher de sobremesa de chia
1 pitada de canela ou noz moscada
1. Bate tudo no liquidificador até ficar cremoso. Sirva com granola.
A granola da foto faz parte do livro Paz, Amor e Granola, para conhecer mais sobre ele acesse aqui.
Gorduroso, cremosinho e mata fome, quem nunca?
Abacate é uma das minhas frutas preferidas, principalmente porque é neutra e pode ser usada em receita doce ou salgada, o Mandioquinha também ama.
O creme nada mais é que o abacate batido até formar um creme, podemos até colocar algum líquido, mas não muito.
No café da manhã que preparei no retiro do Lino na Bahia o creme era com o iogurte que uma fazenda vizinha fornecia, confira a receita aqui.
Aqui em casa costumo preparar com especiarias, pois amo, olha neste post! Acho que a cúrcuma, inclusive, combina muito.
Hoje a fórmula foi enriquecida com leite de castanha, chia e banana, olha ele aí:
Para fazer o creme não tem erro:
Creme de abacate energético
1/2 abacate médio maduro
1 banana
1/3 xícara de leite de castanha
1 colher de sobremesa de chia
1 pitada de canela ou noz moscada
1. Bate tudo no liquidificador até ficar cremoso. Sirva com granola.
A granola da foto faz parte do livro Paz, Amor e Granola, para conhecer mais sobre ele acesse aqui.
Wednesday, April 27, 2016
Banana amassada com noz moscada!
.Jaiphal.
Só com uma pitadinha,
ela combina!
Noz moscada é aquela especiaria com gosto de especiaria, não é? No Brasil é bastante comum e bem fácil de encontrar, até mesmo em lugares mais isolados tem noz moscada no mercadinho. Mas a noz moscada tem dois temperos diferentes em um só, sabia? Na real é a única fruta exótica, comestível, que tem duas especiarias!!!!! A mais conhecida é a semente, a mais popular por aqui, e a outra é uma espécie de rede que cobre a semente e se chama macis, é linda e tem cor vermelha quando está fresca, olha:
Fonte: Season with spice
fonte: UCLA
Mas como usar? Geralmente encontramos ela para vender em pó mas sinto que ela raladinha na hora fica beeeeem mais expressiva. Ela causa um pouco de sonolência, ou seja, levemente calmante e perfeita para usar em receitas noturnas, sem falar que é excelente para digestão.
Em qualquer receita com banana fica uma delícia, mas é bom não exagerar! Noz moscada em excesso, tipo uma inteira, causa alucinação e dependendo da dose pode matar, mas quem cozinha sabe que só uma pitadinha é o suficiente, mas acontece, não estou brincando! Dá só uma olhada nesta reportagem aqui.
Tchau, e não esquece de reservar teu livro.
Saturday, April 23, 2016
Granola combina com açaí na tigela feito em casa
.homemade.
Granola combina com?
Sem dúvida aqui na região sudeste combina muito bem com açaí na tigela, sabe?
Convide os amigos e se prepare pois é muito fácil fazer.
Neste post já falei que o xarope de guaraná é uma verdadeira calda de açúcar o que torna a famosa tigela de açaí um falso saudável. Eu mesma demorei muito tempo para gostar desta tigela, até descobrir que em alguns lugares, não muitos, é possível pedir sem o guaraná e somente batido com banana.
Açaí na tigela combina muito com granola caseira, que delícia!
O projeto granola é meu primeiro livro independente e contará com 30 receitas de granola, o projeto esta no Catarse em sua segunda fase, para saber mais e garantir seu exemplar acesse aqui.
Açaí na tigela feito em casa
2-3 porções
200g polpa de açaí
1 xícara de suco de uva, tangerina, amora ou laranja
1 xícara de amoras (opcional)
2-4 bananas - abacate também funciona muito bem
1 colher de café de guaraná em pó
É só bater tudo colocar em uma cumbuquinha e finalizar com granola caseira, frutas, tapioca crocante ou o que preferir.
Me convidem, tá???
Granola combina com?
Sem dúvida aqui na região sudeste combina muito bem com açaí na tigela, sabe?
Convide os amigos e se prepare pois é muito fácil fazer.
Neste post já falei que o xarope de guaraná é uma verdadeira calda de açúcar o que torna a famosa tigela de açaí um falso saudável. Eu mesma demorei muito tempo para gostar desta tigela, até descobrir que em alguns lugares, não muitos, é possível pedir sem o guaraná e somente batido com banana.
Açaí na tigela combina muito com granola caseira, que delícia!
O projeto granola é meu primeiro livro independente e contará com 30 receitas de granola, o projeto esta no Catarse em sua segunda fase, para saber mais e garantir seu exemplar acesse aqui.
Açaí na tigela feito em casa
2-3 porções
200g polpa de açaí
1 xícara de suco de uva, tangerina, amora ou laranja
1 xícara de amoras (opcional)
2-4 bananas - abacate também funciona muito bem
1 colher de café de guaraná em pó
É só bater tudo colocar em uma cumbuquinha e finalizar com granola caseira, frutas, tapioca crocante ou o que preferir.
Me convidem, tá???
Wednesday, April 6, 2016
Aprenda como fazer PIPOCA DE AMARANTO em casa!!!!
.divirta-se.
O amaranto em grão é versátil e perfeito para pipocar e ser incorporado em preparos como granolas, barrinhas e docinhos. As sementes das espécies amaranthus caudatus, cruentus e hypochondriacus, podem ser encontrados em mercados e até mesmo plantado no jardim de sua casa.
Olha uma Granola preparada com pipoca de amaranto que vai para o livro Paz, Amor e Granola:
Fazer a pipoca em casa é bem fácil, já te expliquei neste post, e agora te oriento melhor com um vídeo. Aqui no Brasil hoje é um pouco raro encontrar o amaranto já estouradinho, diferente do México onde em qualquer loja natural a pipoquinha pura esta lá te esperando.
[Confira aqui como preparar Broto de amaranto]
Vamos fazer a pipoca?
Vamos lá:
1/2 xícara de amaranto em semente/grão
1 panela funda de fundo grosso
O primeiro passo é aquecer tua panela. Se o seu fogão for um convencional deve levar cerca de 5 minutos, chamas mais fortes vão aquecer muito mais rápido, óbvio. Enquanto isso pegue mais 2 coisinhas que vamos usar: um pote (evite plástico) e um pano de prato limpo e seco.
Assim que a panela ficar bem quente espalhe 1 punhado de amaranto, aproximadamente de 1 a 2 colheres de sopa, e tampe com o pano de prato para não voar sementes pelo fogão, é muito rápido em menos de 10 segundos as sementinhas estão pipocadas. É só despejar a pipoca no pote e repetir o processo com o restante das sementes. Não tem erro, se a pipoca demorar para estourar é porque a panela não esta quente o suficiente. Preste atenção com os seguintes pontos, para evitar acidentes:
• Na hora de cobrir a panela com o guardanapo de pano aproveite e forme uma espécie de proteção para as mãos para segurar as alças da panela, as vezes é necessário fazer alguns movimentos circulares e a panela vai estar muito quente. Com a tampa as vezes não dá tempo e queima mas funciona também, você tem que ver pela fresta do pano como esta lá dentro e já despejar, queima muito rápido.
Farinha de pipoca
Você pode fazer uma farinha com a pipoca, descobri isto no México, é um método tradicional e fica bem mais digerível e leve. Aqui no Brasil a farinha comercializada é o grão moído, fica beeeem diferente.
Livros
O amaranto pipoca esta presente em muitas receitas do livro Paz, Amor e Granola que esta sendo financiado pelo catarse, ainda dá tempo de garantir seu exemplar aqui.
Outra novidade é um livro com receitas de amaranto que em breve será publicado pela Publifolha!!! Ansiosa.
O amaranto em grão é versátil e perfeito para pipocar e ser incorporado em preparos como granolas, barrinhas e docinhos. As sementes das espécies amaranthus caudatus, cruentus e hypochondriacus, podem ser encontrados em mercados e até mesmo plantado no jardim de sua casa.
Olha uma Granola preparada com pipoca de amaranto que vai para o livro Paz, Amor e Granola:
Fazer a pipoca em casa é bem fácil, já te expliquei neste post, e agora te oriento melhor com um vídeo. Aqui no Brasil hoje é um pouco raro encontrar o amaranto já estouradinho, diferente do México onde em qualquer loja natural a pipoquinha pura esta lá te esperando.
Vamos fazer a pipoca?
1/2 xícara de amaranto em semente/grão
1 panela funda de fundo grosso
O primeiro passo é aquecer tua panela. Se o seu fogão for um convencional deve levar cerca de 5 minutos, chamas mais fortes vão aquecer muito mais rápido, óbvio. Enquanto isso pegue mais 2 coisinhas que vamos usar: um pote (evite plástico) e um pano de prato limpo e seco.
Assim que a panela ficar bem quente espalhe 1 punhado de amaranto, aproximadamente de 1 a 2 colheres de sopa, e tampe com o pano de prato para não voar sementes pelo fogão, é muito rápido em menos de 10 segundos as sementinhas estão pipocadas. É só despejar a pipoca no pote e repetir o processo com o restante das sementes. Não tem erro, se a pipoca demorar para estourar é porque a panela não esta quente o suficiente. Preste atenção com os seguintes pontos, para evitar acidentes:
• Na hora de cobrir a panela com o guardanapo de pano aproveite e forme uma espécie de proteção para as mãos para segurar as alças da panela, as vezes é necessário fazer alguns movimentos circulares e a panela vai estar muito quente. Com a tampa as vezes não dá tempo e queima mas funciona também, você tem que ver pela fresta do pano como esta lá dentro e já despejar, queima muito rápido.
Farinha de pipoca
Você pode fazer uma farinha com a pipoca, descobri isto no México, é um método tradicional e fica bem mais digerível e leve. Aqui no Brasil a farinha comercializada é o grão moído, fica beeeem diferente.
Livros
O amaranto pipoca esta presente em muitas receitas do livro Paz, Amor e Granola que esta sendo financiado pelo catarse, ainda dá tempo de garantir seu exemplar aqui.
Outra novidade é um livro com receitas de amaranto que em breve será publicado pela Publifolha!!! Ansiosa.
Monday, April 4, 2016
Cozinhando no forno solar - a primeira experiência
.delícias bronzeadas.
Oi pessoas!!! Escrevo para contar da experiência interessante que é usar um forno solar para cozinhar.
Já faz um bom tempo que eu queria um forno deste e no fim do ano passado decidi investir, principalmente para poder desenvolver as receitas de granola com ele também. Temos um desidratador elétrico Excalibur para desidratar flores, ervas e preparar receitas de culinária viva mas sempre questionei o seu uso excessivo de energia elétrica, me incomoda, e lá no fundo da mente o forno solar pulsava.
A primeira receita cobaia foi a Granola do Sol que no fim deu super certo para uma primeira tentativa. Coloquei a granola para assar 13:15 e até 16:00 fui mirando o sol, assim que parei de buscar o sol deixei o preparo dentro do forno por mais meia hora. É muito interessante pois a energia muda e o tempo se estende, é muito legal. Esta semana pretendo preparar mais algumas receitas de granola nele para livro Paz, Amor e Granola que esta sendo financiado pelo Catarse.
Apesar de desenvolver as últimas receitas no forno solar vale lembrar que elas também são aptas para o forno convencional.
Olha a Granola do Sol como ficou bonitinha:
Ela dorou de leve e no fim deixou escapar um cheirinho irresistível do forno. O Sol é uma energia super poderosa e ainda pouco explorada na cozinha, até hoje o sol é mais usado para desidratar alimentos (que também é muito legal) mas o forno possibilita a maior concentração de calor para preparos mais complexos, não vejo a hora de fazer um pão fermentado! Já estou fazendo o fermento novamente pois o meu morreu durante o tempo em que fiquei viajando, vamos lá! Avante! Sol por enquanto não falta!!
A Granola do Sol foi servida com fatias de caqui maduro e um creme de manga:
1 manga madura + suco de 1 limão cravo + 2 sementes de cardamomo (sem a casca)
Para a granola procurei usar ingredientes que se relacionam bem com o sol como amaranto, semente de girassol, óleo de coco, cúrcuma, semente de cacau e outros.
O projeto Granola esta na última semana de captação e para garantir um exemplar, digital ou impresso, confiram mais informações aqui.
Oi pessoas!!! Escrevo para contar da experiência interessante que é usar um forno solar para cozinhar.
Já faz um bom tempo que eu queria um forno deste e no fim do ano passado decidi investir, principalmente para poder desenvolver as receitas de granola com ele também. Temos um desidratador elétrico Excalibur para desidratar flores, ervas e preparar receitas de culinária viva mas sempre questionei o seu uso excessivo de energia elétrica, me incomoda, e lá no fundo da mente o forno solar pulsava.
A primeira receita cobaia foi a Granola do Sol que no fim deu super certo para uma primeira tentativa. Coloquei a granola para assar 13:15 e até 16:00 fui mirando o sol, assim que parei de buscar o sol deixei o preparo dentro do forno por mais meia hora. É muito interessante pois a energia muda e o tempo se estende, é muito legal. Esta semana pretendo preparar mais algumas receitas de granola nele para livro Paz, Amor e Granola que esta sendo financiado pelo Catarse.
Apesar de desenvolver as últimas receitas no forno solar vale lembrar que elas também são aptas para o forno convencional.
Olha a Granola do Sol como ficou bonitinha:
Ela dorou de leve e no fim deixou escapar um cheirinho irresistível do forno. O Sol é uma energia super poderosa e ainda pouco explorada na cozinha, até hoje o sol é mais usado para desidratar alimentos (que também é muito legal) mas o forno possibilita a maior concentração de calor para preparos mais complexos, não vejo a hora de fazer um pão fermentado! Já estou fazendo o fermento novamente pois o meu morreu durante o tempo em que fiquei viajando, vamos lá! Avante! Sol por enquanto não falta!!
A Granola do Sol foi servida com fatias de caqui maduro e um creme de manga:
1 manga madura + suco de 1 limão cravo + 2 sementes de cardamomo (sem a casca)
Para a granola procurei usar ingredientes que se relacionam bem com o sol como amaranto, semente de girassol, óleo de coco, cúrcuma, semente de cacau e outros.
O projeto Granola esta na última semana de captação e para garantir um exemplar, digital ou impresso, confiram mais informações aqui.
Tuesday, March 1, 2016
Paz, Amor e Granola
.um livro artesanal.
Te escrevo para contar sobre Paz, Amor e Granola --> um projeto de livro artesanal com receitas ilustradas.
Assista ao vídeo para entender um pouco mais:
Um livro todo artesanal com sugestões de receitas para inspirar o leitor a produzir uma deliciosa granola feita em casa.
Paz, Amor e Granola é um projeto independente e será produzido por um grupo de artistas do interior de São Paulo. Optamos por um financiamento coletivo pois é uma das maneiras de viabilizar a produção de um material impresso artesanal, aliás você sabe o que é financiamento coletivo? Te conto! É uma espécie de vaquinha organizada que viabiliza projetos, no Brasil existem várias plataformas deste tipo e o Catarse é o mais tradicional. Nosso projeto esta lá.
O livro é recheado com 30 receitas criativas e ilustradas para orientar os iniciantes e inspirar aqueles que já são familiarizados com a cozinha. O projeto conta com duas versões, a digital e a impressa que será em serigrafia.
Você sabe o que é serigrafia?
O Edson Panis que vai imprimir a obra explica que a "serigrafia é o processo mais antigo de impressão inventado pelo homem. Os chineses e japoneses já estampavam tecidos e armaduras por esse processo. Inicialmente os moldes de papel, utilizados na reprodução, passaram a ser ligados por fios de cabelo, depois substituídos por seda, afim de comporem um conjunto. Hoje utilizamos o nylon, ou o voil (voal das cortinas, vestidos de noiva ou os antigos lenços de cabelo), ou até tramas metálicas.
Embora a tecnologia avance inacreditavelmente, a serigrafia (ou o silk-screen) resiste ao tempo, e é largamente utilizada hoje em dia em mil e uma aplicações."
O resultado da impressão fica bastante interessante e com aspecto manual, e assim conversa com o conteúdo do livro que são receitas de granola artesanal.
Para conhecer mais sobre o projeto, apoiar e garantir seu livro acesse aqui.
Te escrevo para contar sobre Paz, Amor e Granola --> um projeto de livro artesanal com receitas ilustradas.
Assista ao vídeo para entender um pouco mais:
Paz, Amor e Granola é um projeto independente e será produzido por um grupo de artistas do interior de São Paulo. Optamos por um financiamento coletivo pois é uma das maneiras de viabilizar a produção de um material impresso artesanal, aliás você sabe o que é financiamento coletivo? Te conto! É uma espécie de vaquinha organizada que viabiliza projetos, no Brasil existem várias plataformas deste tipo e o Catarse é o mais tradicional. Nosso projeto esta lá.
O livro é recheado com 30 receitas criativas e ilustradas para orientar os iniciantes e inspirar aqueles que já são familiarizados com a cozinha. O projeto conta com duas versões, a digital e a impressa que será em serigrafia.
Você sabe o que é serigrafia?
O Edson Panis que vai imprimir a obra explica que a "serigrafia é o processo mais antigo de impressão inventado pelo homem. Os chineses e japoneses já estampavam tecidos e armaduras por esse processo. Inicialmente os moldes de papel, utilizados na reprodução, passaram a ser ligados por fios de cabelo, depois substituídos por seda, afim de comporem um conjunto. Hoje utilizamos o nylon, ou o voil (voal das cortinas, vestidos de noiva ou os antigos lenços de cabelo), ou até tramas metálicas.
Embora a tecnologia avance inacreditavelmente, a serigrafia (ou o silk-screen) resiste ao tempo, e é largamente utilizada hoje em dia em mil e uma aplicações."
O resultado da impressão fica bastante interessante e com aspecto manual, e assim conversa com o conteúdo do livro que são receitas de granola artesanal.
Tuesday, January 19, 2016
Broto de amaranto
.uma experiência pink.
Conforme o lote e a qualidade da sementinha a manifestação da planta é diferente. Este aqui é diferente do anterior, foi em 2014, a haste não ficou tão pink e foi plantado em um vaso de barro:
Este brotinho delicado tem as hastes cor de rosa e a sua folha é verde, muito lindo. Ele pode ser usado para finalizar a salada, dar um grau no teu canapé e até botar no suco, mas sei lá, acho muita beleza para triturar.
Se preferir ver a planta se manifestar é indicado plantar diretamente na terra (chão) ao invés de usar o vaso, sim. Belo!
Existem muitas espécies de amaranto, eles estão por todo canto inclusive, mas este broto aqui é feito com a semente do amaranto que cresce e tem flor rosa, sabe? Não é aquele que o pessoal come como espinafre. No mercado você encontra como amaranto em grão.
Para quem me conhece bem sabe, tenho um carinho especial por ele e faz um tempo comecei a pesquisar mais a fundo, especialmente estes que podemos comer as sementinhas. E sabe que não encontrei muita referência em relação a brotar ele? A primeira vez que plantei fiquei muito feliz em ver este lindo crescer tão forte e colorido, aqui mostro fotos dos brotos e como depois eles ficaram grandões, com flor e tudo!
Olha esta turma de brotos plantados no jardim de casa, direto no chão, em meados de 2013:
Conforme o lote e a qualidade da sementinha a manifestação da planta é diferente. Este aqui é diferente do anterior, foi em 2014, a haste não ficou tão pink e foi plantado em um vaso de barro:
Agora olha ele grandão, tá preparado(a)? Aqui no quintal de casa, divando entre as flores de Cosmos, lindoooooooooooo woooooooo:
(provavelmente este é o Amaranthus cruentus, se eu tiver errada por favor me corrijam)
Quer tentar fazer?
sementes de amaranto (amaranthus cruentus, hipocondriacus e caudatus)
terra saudável
vaso
água
Existem algumas maneiras de fazer os brotinhos <pois é> vou te contar duas que são interessantes e já experimentei. A primeira forma é germinando as sementes e em seguida colocando elas na terra e, na segunda opção, deixamos as sementes de molho por aproximadamente 6-8 horas, escorremos e em seguida colocamos na terra.
[Se você nunca brotou antes seguem algumas instruções]
Faça esta experiência: coloque a terra no vaso e distribua os grãos pela superfície polvilhe terra por cima e regue uma vez ao dia até que todos se apontem para cima. O ideal é deixar em ambiente externo com luz indireta, e somente quando o broto começar a se formar colocar no sol. Isso pode levar em média uma semana! O broto fica pronto quando surgirem duas folhinhas e, dependendo da semente, a haste é um tom de rosa tão lindo!
Se você realmente nunca germinou ou brotou algo antes sugiro dar uma espiada no site do terrapia, ali esta cheio de informações valiosas, a pesquisa é séria e o trabalho, além de tudo, é social.
Aproveite para conhecer a Doña Otilia, uma vendedora antiga de amaranto no México, fofíssima:
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